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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

AÉCIO NEVER, ISRAEL, PALESTINA E A IMPRENSA MONOPOLISTA.



Aécio Never num dia qualquer.


Aeroporto construído por Aécio Never (quando era governador de Minas Gerais) na fazendo do tio com dinheiro público, segundo acusação. 


A grande imprensa do Brasil está dedicando seu tempo, predominantemente, ao massacre, ou uma espécie de holocausto, de Israel sobre a Palestina de tal forma que nos dá a impressão que a nossa vida, diretamente, depende da instalação da paz naquela região do Oriente Médio (ou Próximo, como preferem alguns).

A minha liberdade depende da liberdade de todos os outros. Acredito nisso.

Mas os nossos problemas circunstanciais, políticos, morais, legais e locais dependem mais de nossa liberdade de informação sobre todos eles para podermos resolvê-los. E isso se sobrepõe às questões geopolíticas, sociais, étnicas, religiosas, econômicas de dois povos que muito pouco tem em comum conosco e geograficamente estão situados em outro continente.

Sinto muito por pouco poder fazer pelo povo palestino. Pois o principal aliado de Israel nessa guerra é, hoje, a maior potência militar do planeta (EUA) que lhe fornece as mais avançadas tecnológicas armas de guerra do mundo para lutar contra palestinos armados com pedras, rifles, morteiros, foguetes.

Mesmo sabendo da ofensiva dantesca e cruel que Israel empreende sobre o povo palestino para destruí-lo e que isso deve ser posto na nossa pauta de discussão, também, acredito que nossos problemas locais, neste momento eleitoral, se sobrepõem às questões internacionais.

Depois de resolvê-los, podemos voltar às pautas internacionais.

Mas a nossa imprensa está ocupando seu tempo quase que integralmente na cobertura do conflito apenas com o objetivo escuso, pérfido, político partidário. A nossa imprensa (e a elite econômica) tomou partido de uma candidatura e a protege de todas as acusações de corrupção de que é alvo.

Para esconder dos brasileiros a discussão da construção de um aeroporto na fazenda de um tio do candidato que a grande imprensa e os milionários apoiam incondicionalmente, Aécio Never (PSDB), quando este era governador de Minas Gerais para beneficiar os parentes e a si mesmo, o foco das reportagens estão sobre o massacre dos palestinos e a queda de um avião na Ucrânia.

É um truque baixo, torpe, manjado, mas que tem certo grau de eficiência. Brasileiros estão discutindo muito mais sobre quem tem razão na guerra do Oriente Médio e na Ucrânia do que sobre a acusação de corrupção do candidato da grande imprensa e dos milionários e bilionários.

Mas nem toda a imprensa age igual. Parte dela tem o dever de mostrar os atos de corrupção que a grande imprensa deliberadamente esconde para beneficiar seus protegidos.

Leia abaixo texto do Jornal GGN (clique AQUI) sobre as seis mentiras de que é acusado o candidato da grande imprensa e da elite econômica brasileira, Aécio Never (PSDB), sobre o caso do aeroporto do titio dele.




NO CASO CLÁUDIO, O PILOTO MENTIU, POR RICARDO AMARAL

01/08/2014

Autor: Ricardo Batista Amaral

No artigo que publicou na Folha de S. Paulo, o candidato tucano Aécio Neves procura reduzir o escândalo do aeroporto de Cláudio a um “equívoco”: ter utilizado uma pista de pouso sem saber se ela estava homologada pela ANAC.  Gasta o tempo do leitor tentando explicar a disputa judicial pelo valor da desapropriação das terras do tio, como se isso fosse o mais relevante num caso de patrimonialismo escancarado. De quebra, confessa que, “por escrúpulo”, negou à população da paupérrima Montezuma o direito a uma estrada asfaltada, mas distraidamente deixou asfaltar uma pista de pouso que serve a ele e ao latifúndio de sua família no município. É comovente, mas voa longe da verdade.

Levando em conta a entrevista do candidato ao Jornal Nacional, as duas notas de sua assessoria e o artigo na Folha, o foco desse caso continua sendo:  

Levando em conta a entrevista do candidato ao Jornal Nacional, as duas notas de sua assessoria e o artigo na Folha, o foco desse caso continua sendo:  Aécio Mente.

1) Ele disse que era uma pista de terra que foi reformada. Falso. É só ver o edital para construção e conferir a transformação da área pelo Google Earth. Foi feita uma pista novinha, de 14 milhões, sem aproveitar necas da velha.

2) Ele disse que seu governo fez mais de 30 aeroportos no interior. Falso. Ele fez dois: o da Zona da Mata e o de Cláudio. E 8 reformas, de 14 anunciadas.

3) Ele disse que Cláudio é um pólo com mais de 300 indústrias, produzindo para exportar. Falso. Claudio tem hoje 63 fundições de ferro e alumínio. É responsável por 0,002% das exportações do país.

4) Ele disse que a obra foi decidida por critérios técnicos. Quais, numa cidade de 28 mil habitantes, localizada a menos de 70 quilômetros de dois aeroportos regionais?

5) Ele disse que o aeroporto não beneficia a família. Falso, por óbvio. O que é melhor: ter uma fazenda perto ou distante da rodovia? Perto ou distante de um aeroporto? Com um aeroporto dentro (a cerca só isola o aeroporto da rodovia, não da fazenda), melhor ainda, não é? O valor da desapropriação é troco perto da valorização das terras.

6) Ele levou onze dias para admitir o que todos desconfiavam: usou, sim, a pista. O nome mais suave para esse comportamento é dissimulação.

Aproveito para comentar uma pergunta que ronda a cabeça de muita gente:

Por que a Folha publicou a matéria do  Aecioporto?

1) Porque a imprensa brasileira vive sua maior crise de credibilidade desde o êxito da Copa. Atolou-se na pauta da oposição e precisa mostrar alguma independência ao público lesado. O custo-benefício da operação favorece o jornal, que não vai trocar de candidato.

2) Porque a FSP sempre agiu assim: eventualmente bate em um aliado, mas não abre mão de cobrir o PT deforma sistematicamente crítica. Essa é a diferença de tratamento, disfarçada por matérias pontuais para sustentar suposta “isenção”.

3) Porque precisa dizer ao seu  candidato (a quem considera o futuro presidente) que a FSP não é o Estado de Minas: “Tu és nosso, mas não somos tua”. É um chega pra lá preventivo em dona  Andréa Neves. Só quem pode mandar na Folha é o Serra, que por sinal também deve ter sido surpreendido, pois a pauta veio de Minas.

4) Porque pretendeu fazer uma operação cirúrgica sobre um tema explosivo. Deu manchete no impresso, mas escondeu o caso na home do UOL, que é a verdadeira metralhadora da casa. Manteve o assunto em pauta, mas não foi a Montezuma. O editorial ambivalente de domingo é apenas isso: um editorial ambivalente.

O PT pode esperar por pancadaria brava daqui em diante, mas ficou no direito de reivindicar isonomia: o espaço que a FSP e o Jornal Nacional deram para Aécio Neves se defender é maior do que tudo que já se deu aos petistas acusados de qualquer coisa nos últimos tempos.




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