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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

NO OLHO DA REVOLUÇÃO.



Há algum tempo quando se queria falar de amor erótico bastava dizer que era a relação resultante entre um homem e uma mulher e, assim, se fazia entender sobre o que se falava. Erótico, na acepção grega, é o amor de Eros, o deus do amor, que ficou mais conhecido pela acepção romana como Cupido.

Mas hoje deve-se dizer que o amor erótico é o amor resultante da relação entre duas pessoas. E, assim, se faz entender que os gays também estão contemplados no sentido e significado desse tipo de amor. Ressalte-se que casais gays se amando sempre houveram. O que se pretende aqui é enfatizar a questão semântica.
   
Quando se dizia “aquele casal” estava-se referindo a um homem e uma mulher que por algum motivo (amoroso, sexual, amizade, profissional...) encontravam-se juntos. Mas hoje, um casal, contempla também a união de dois gays para os mesmos motivos.

Antes, chamar um gay de bicha ou viado não acarretava consequências graves no campo criminal. Procurava-se resolver as consequências, quando existiam, através do discurso. Hoje há um projeto de lei rumando à criminalização de tal atitude.

Estamos vivendo no meio do tempo dessa revolução semântica, cujo objetivo é modificar o comportamento das pessoas modificando antes as palavras para se referir a alguém, ou situação. Com isso, criam-se palavras novas, ou damos sentidos novos às que já existem, provocando a retirada de toda carga preconceituosa ou criminosa que elas adquiriram.

Desse modo, despidas e possuindo novos sentidos provocamos uma mudança de comportamento e atitudes. É esse o objetivo. Modificar os instrumentos que utilizamos nas relações sociais (a semântica, por exemplo) para melhorarmos essas relações. Melhorando e evoluindo. Buscando, com isso, sermos “versões melhores de nós mesmos”.

Ah, gays não. Homoafetivos.   
          

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