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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SERÁ QUE TEM RUMO?

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Li esta reportagem no confiável portal Notícias de Floriano. Depois fui à fonte para copiá-la e reproduzi-la aqui no Blogue. E fiz isso para que as pessoas, em geral, prestem atenção ao mesmo programa que está sendo desenvolvido aqui em Floriano.
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Há uma ONG que está buscando informações sobre o funcionamento do projeto. Segundo diretores dessa ONG a documentação será enviada ao Ministério Público Federal para ver se está tudo dentro dos conformes. Vamos aguardar porque em poucos dias o posicionamento do MPF sairá.
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Abaixo leia a reportagem dando conta de como algumas pessoas estão utilizando de malfeitorias para, suspeita-se, se beneficiarem do projeto. Se preferir acesse direto na fonte clicando AQUI
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"ONG RECEBE R$ 4,2 MI E ABANDONA NÚCLEOS
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Famepi, no Piauí, tem entre seus dirigentes 9 integrantes do comando regional do PC do B
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19 de fevereiro de 2011
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Leandro Colon, enviado especial de O Estado de S.Paulo
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TERESINA (PI) - No Piauí, a logomarca do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, está estampada em muros de núcleos improvisados com tijolos e bambus. Alguns desses núcleos estão abandonados, cheios de detritos, mas têm algo em comum: apesar da precariedade, são controlados pela Federação das Associações dos Moradores do Piauí (Famepi), subordinada ao PC do B.
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A entidade tem um contrato de R$ 4,2 milhões com o governo federal, sem licitação, para montar 126 núcleos e beneficiar 12 mil crianças.
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Seu presidente é Raimundo Mendes da Rocha, dirigente do PC do B no Piauí. Pelo menos nove integrantes da direção da federação fazem parte do comando regional do partido. Essas pessoas são designadas para coordenar o Segundo Tempo nos bairros cadastrados no Ministério do Esporte. E todas trabalharam em 2010 pela reeleição do deputado federal Osmar Júnior, presidente regional do PC do B, líder do partido na Câmara e aliado do ministro Orlando Silva.
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Entre os lugares cadastrados para receber o Segundo Tempo está o bairro de Areias, região pobre de Teresina. O núcleo é identificado pela logomarca pintada num muro encoberto pelo mato. Do lado de dentro, o cenário revela como é o Segundo Tempo no Piauí. O que é chamado de núcleo é um terreno baldio, nos fundos de uma creche, em meio ao mato alto e alguns pés de manga. Um trecho com cimento a céu aberto virou quadra, onde as crianças improvisam tijolos como trave de futebol e bambus para pendurar a rede de vôlei.
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Como o projeto não fornece tênis nem chuteiras, muitos dos meninos jogam descalços. É o caso do estudante Antônio Emerson dos Santos, 12 anos, que recebeu apenas uma camiseta e um calção da Famepi. "É uma completa desorganização", reclama Maria do Socorro Vieira, mãe de Larissa Matielli, 13 anos, aluna do projeto.

A 80 quilômetros de Teresina, na cidade de Campo Maior, a situação é ainda pior. Oficialmente, quatro núcleos estão registrados. Nos endereços oficiais, dois não existem. Outros dois funcionam num clube abandonado, onde o teto da quadra caiu. O clube fica nos fundos de um bar, cujo letreiro divide espaço com o logotipo do Segundo Tempo.

Lá é servida a merenda do projeto - apenas bolachas. "É que falta freezer para armazenar os frios", explica Francisca da Chagas Sousa, que coordena o projeto. Ela é dirigente da Famepi e do PC do B do Piauí. A Famepi registrou, em Mocambinho, outro bairro de Teresina, um núcleo do Segundo Tempo com o suposto cadastro de 100 crianças. O projeto nunca funcionou no local.

‘Apartidária’. O presidente da Famepi, Raimundo Mendes da Rocha, filiado ao PC do B, negou o favorecimento do partido. "A Famepi é apartidária. As associações beneficiadas são ligadas à Famepi", disse. Ele responsabilizou o modelo financeiro do Ministério pelas dificuldades. "O programa não tem recursos para construir quadras e utiliza o que está disponível."

Rocha admitiu que crianças jogam com pés descalços. "É uma pena, porque elas reclamam. Queremos sanar essa questão porque jogar numa quadra com pé descalço não é fácil, é ruim."

Jogo duro

Maria Viera, Mãe de criança do projeto: ‘É uma completa desorganização’

Raimundo Rocha, Presidente da Famepi: ‘É uma pena. Jogar numa quadra descalço não é fácil, é ruim’"

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Fonte da reportagem: Estadão.

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