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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O APRESSADO COMEU CRU.

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No dia 24.01.2011 escrevi uma postagem chamada "Xadrez está na moda". Então um "Anônimo" me mandou uma "reportagem" em que o nome da prefeitura de Floriano não constava da lista divulgada pela Polícia Federal dando conta de quem tinha se utilizado do mecanismo fajuto de comprar notas fiscais frias de empresas fantasmas e laranjas para justificar despesas inexistentes.
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Bom, resolvi respondê-lo com outra postagem. Esta chamada "
Bife cru cega" de 27.01.2011. Pois não é que correram, ontem, para me mostrar o Jornal Meio Norte de domingo 30.01.2011 com uma nota na segunda página do jornal. Coisa engraçada. Na postagem "Bife cru cega" eu disse que quem é apressado come cru (como enuncia o dito popular).
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De forma meio escondida (não se sabe por que) há uma denúncia de que a prefeitura de Floriano está sim envolvida com notas fiscais frias nas suas prestações de contas. Vamos à nota:
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"VOZES
As gravações feitas pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, apontam também uso de notas fiscais frias na prestação de contas da Prefeitura de Floriano
..."
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Quem denuncia é o jornalista EFRÉM RIBEIRO em sua coluna no referido jornal chamada "Informe". Está na página 2 do caderno A do dia 30.01.2011 (A/2). Quem quiser acessar basta clicar AQUI.
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Eu avisei "Anônimo", quem é apressado come cru. E pode vomitar aquilo que não gostou ou está fazendo mal, como fez a abóbora acima da cor preferida de vocês. Agora vamos aguardar mais informações e ver se a imprensa vai divulgar com o mesmo estardalhaço que fez com as demais prefeituras implicadas nesse mar de lama de cor laranja.
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4 comentários:

Flávio Cavalcanti disse...

Professor Jair,

Veja alguns sintomas e práticas das administrações corruptas e suas artimanhas para lograr êxito. Procure ler o livro “Combate à Corrupção nas Prefeituras do Brasil”.


Parte 1: O Padrão Típico de Corrupção

Quando um corrupto é eleito, ao invés de procurar cumprir suas promessas de campanha em benefício da população, ele emprega amigos e parentes, para favorecer aqueles que colaboraram com suas campanhas ou para privilegiar alguns comerciantes “amigos” em detrimento de outros. Grande parte do orçamento do município é orientada em proveito do restrito grupo que assume o poder e passa a se beneficiar do orçamento da cidade.

Uma estratégia utilizada habitualmente em desvio de recursos públicos se dá por meio de notas fiscais fictícias ou “frias”, que são aquelas nas quais os serviços declarados não são prestados ou os produtos discriminados não são entregues. A burla pode ser feita com as chamadas empresas-fantasmas, ou seja, que inexistem física ou juridicamente. Mas os fraudadores também utilizam empresas legalmente constituídas e com funcionamento normal. Com o conluio de administradores públicos cúmplices do “esquema”, tais empresas vendem ao município produtos e serviços superfaturados, ou recebem, contra a apresentação de notas que discriminam serviços não executados e produtos não entregues. Esses esquemas são postos em prática mediante acordo preestabelecido com o prefeito e ou/ seus assessores. Quando é necessário uma licitação, montam todo os procedimentos de forma a dirigir o certame para uma empresa “amiga”, dificultando ou impedindo a participação de outras. Depois dá recibo de entrega da mercadoria, empenha a despesa e emite o cheque para o pagamento. Posteriormente, o montante é dividido entre o fornecedor e os membros da administração comprometidos com o esquema de corrupção.

Em geral, os recursos obtidos dessa maneira chegam ao prefeito e aos participantes do esquema na forma de dinheiro vivo, a fim de não restar vestígios da falcatrua.

Existem quadrilhas especializadas em fraudar prefeituras com a participação do poder público municipal. Esses grupos e seus especialistas são formados localmente, ou trazidos de fora, já com experiência em gestão fraudulenta. O objetivo é implantar ou administrar procedimentos ilícitos, montar concorrências viciadas e acobertar ilegalidades.

O método mais usual consiste em forjar a participação de três concorrentes, usando documentos falsos de empresas legalmente constituídas. Outra maneira é incluir na licitação, apenas formalmente, algumas empresas que apresentam preços superiores, combinados de antemão, para que uma delas saia vencedora.

Um sinal que pode indicar ato criminoso é o que acontece com o fornecimento de alimentos para a merenda escolar. Muitas vezes, os produtos que chegam não seguem nenhuma programação e muito menos qualquer lógica nutricional. Nem as merendeiras sabem, em alguns casos, o que será servido aos alunos. A escolha dos produtos que serão entregues às escolas é, na realidade, feita pelos fornecedores, e não pelos funcionários.

Flávio Cavalcanti

Flávio Cavalcanti disse...

Professor Jair,

Parte 2: Sinais de Irregularidades na Administração Municipal

Apesar de não determinarem necessariamente a existência de corrupção, a presença de alguns fatos deve estimular uma atenção especial da população. Entre eles estão:

a. Histórico comprometedor da autoridade eleita e de seus auxiliares;
b. Falta de transparência nos atos administrativos do governante;
c. Ausência de controles administrativos e financeiros;
d. Apoio de grupos suspeitos de práticas de crimes e irregularidades;
e. Subserviência do Legislativo (Câmara Municipal) e dos Conselhos Municipais (de Saúde, de Educação e outros);
f. Baixo nível de capacitação técnica dos colaboradores e ausência de treinamento de funcionários públicos;
g. Alheamento da comunidade (não participa e nem é convidada a participar) ao processo orçamentário.

Flávio Cavalcanti

Flávio Cavalcanti disse...

Professor Jair,

Parte 3: Sinais Exteriores de Riqueza.

Alguns sinais para se detectar a prática de corrupção municipal que não requer uma análise e investigação mais profunda, basta a simples OBSERVAÇÃO.

Um dos sintomas mais perceptíveis é quando grupo de amigos e parentes das autoridades municipais exibem bens de alto valor, adquiridos de uma hora para outra, como carros e imóveis, e também na ostentação, por meio de gastos pessoais incompatíveis com suas rendas, como viagens, festas, patrocínios, dentre outras coisas.

Alguns passam a ter uma vida social intensa, frequentando locais de lazer que antes não frequentavam, como bares e restaurantes, onde realizam grandes despesas.

“Os corruptos assumem feições diversas. Há o do tipo grosseiro e despudorado (sem vergonha), que se compraz em fazer demonstração ostensivas de poder e riqueza, exibindo publicamente acesso a recursos extravagantes. Geralmente, não se preocupa em ser discreto, pois necessita alardear o seu sucesso econômico e sua nova condição, mesmo quando os que estão à sua volta possam perceber que o dinheiro exibido não tem procedência legítima. Com esse tipo de corrupto, a apropriação de recursos públicos é associada a um desejo incontrolável de ascender socialmente e de exibir essa ascensão. Como não encontra maneira de enriquecer honestamente (trabalhando), recorre a atos ilícitos (ilegais).

Já o fraudador discreto tem forma de agir que tornam mais difícil a descoberta do ilícito. O dinheiro é subtraído discretamente, por meio de esquemas bem articulados com os fraudadores, o que torna a sua descoberta mais difícil. O resultado dos golpes é aplicado longe do domicílio (em outras cidades). Em geral, utilizam-se de “laranjas” (pessoas que, voluntária ou involuntariamente, emprestam suas identidades para encobrir os autores das fraudes), adquirem bens móveis ou semoventes (animais): dólar, ouro, papéis do mercado de capitais, gado, commodities etc.”

Independentemente dos tipos de corrupção praticados, os cidadãos que desejarem um governo eficiente e transparente devem ficar atentos aos sinais que o governo emite. Um administrador sério e bem intencionado escolhe como assessores, pessoas representativas e que tenham boa reputação e capacidade administrativa.

Prefeitos corruptos opõem – se veementemente a qualquer forma de transparência. Evitam que a Câmara Municipal fiscalize os gastos da prefeitura e buscam comprometer os vereadores com esquemas fraudulentos. Ao mesmo tempo, não admitem que dados contábeis e outras informações da administração pública (folha de pagamento, por exemplo) sejam entregues a organizações independentes e aos cidadãos, nem que estes tenham acesso ao que se passa no Executivo.

“Todo cidadão tem direito à informação. Os prefeitos corruptos tentam driblar esse direito dificultando o acesso à informação.

Portanto, é imperativa a participação de toda a comunidade (cidadãos honestos) na fiscalização do emprego do dinheiro público para que o mesmo possa beneficiar o coletivo, e não um grupo restrito de amigos do poder.

Flávio Cavalcanti

JAIR FEITOSA disse...

Olá Flávio.

Fico muito grato por sua atuação. Essa contribuição esclarecendo às pessoas como identificar político corrupto deveria ser ensinada nas escolas.

Você é um cidadão.

Obrigador por participar.

Jair Feitosa.