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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

NADA DE MÓRBIDO.

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Postei uma foto de um caixão com o nome "Que foto mais linda" e algumas pessoas disseram que era mórbido. Que existem outras tantas fotos para eu colocar aqui, ou que a forma como abordo a questão da morte é muito simplista.
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Não é nada disso. Não tenho medo de morrer, aliás, quem o tem? Se o final de nosso tempo de existência culmina com ela, e todos sabemos disso, por que ser hipócrita e não falar dela ou nela? Se temos que, um dia, nos defrontar com a morte que a abordemos de forma suave e realista, sem preconceitos ou superstições.
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Quem não teme a morte vive mais livre e sem amarras supersticiosas. Um ser que não teme a morte está sempre pronto para encarar os problemas e as circusntâncias de frente, com coragem e destemor. O contrário disso é tudo aquilo que eu não gostaria de ser nem de fazer.
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Por este motivo vejo aquela foto como o ápice de nossa existência e não como motivo para superstição e desvarios tolos.
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Já escrevi textos aqui sobre a morte, sobre como os antigos a encaravam e vejo que nós nos metemos num lago de medo por causa do culto ao corpo que, de uma forma ou de outra, termina lá onde está o protagonista da foto da postagem.
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Já fiz meu epitáfio, inclusive já o publiquei aqui. Já estou preparando o roteiro do meu enterro para que no dia, seja quando for, as pessoas não fiquem atordoadas sem saber o que fazer. É muito triste um enterro sem enredo. Um enterro baseado apenas naquilo que todo mundo faz. Como não faço o que todo mundo faz simplesmente por fazer já estou me precavendo. Mesmo que eu tenha todos os anos que viverei, mesmo assim mudarei pouca coisa do meu enredo.
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Não tenho nada de mórbido. Só não tenho superstição e nem medo.
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