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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

PARADA DA DIVERSIDADE SEXUAL.

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Dia 15.11.2008. aconteceu uma manifestação que é mais conhecida por "Parada Gay". O evento teve seu início na Av. Eurípedes de Aguiar, próximo à "Curva dos Americanos" e foi finalizada no Cais do Porto. Gostaria de comentar o fato e suas implicações (ao meu ver).
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No meu entendimento o evento ocorreu, do ponto de vista da ordem, sem nenhum problema (até onde sei). Do ponto de vista da organização faltou investimento para que o início de uma luta por uma causa cara aos envolvidos fosse, no mínimo, interessante. Do ponto de vista da repercussão creio que os objetivos foram atingidos.
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Vejo que a manifestação pode ser analisada e justificada a partir de três aspectos fundamentais. O primeiro é o aspecto existencial. "O direito de ser e de viver" como a pessoa é ou escolheu. Vivemos numa democracia e todos têm o direito de viver da maneira como entender e escolher. Para isso devemos defender o direito de todos e não apenas daqueles que escolhemos como ideais. Deixar de fazer isso é correr o risco de também não ter seus próprios direitos reconhecidos e validados, pois outros podem preterir-nos.
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O indivíduo tem as suas preferências e pode lutar para que elas sejam realizadas. Então, do ponto de vista existencial a manifestação deve ter atingindo seu objetivo porque os que são capazes de lutar por aquilo que são verdadeiramente externaram a sua alegria de ser como são e lutaram pelos os que ainda não têm coragem.
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Do ponto de vista legal, segundo aspecto, lutar por direitos está garantido na constituição. Ir às ruas manifestar que existe um direito que não é respeitado é um dever do cidadão. Como o Projeto de Lei Complementar que trata da questão está em andamento resta aguardarmos a aprovação e promulgação.
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O terceiro aspecto é do ponto de vista econômico. Como foi a primeira manifestação do evento muita gente ainda não se deu conta da movimentação financeira que um evento como esse pode trazer para nossa cidade. Os prestadores de serviços já sabem o potencial econômico desse evento e por isso muitos já desejam que ele faça parte do calendário das atividades festivas de nossa cidade.
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Mas tenho que falar do nível da manifestação. Para ser a primeira teria que ser um evento mais bem preparado. O carro de som foi extremamente inadequado. Um dos organizadores ficou em cima do carro falando ao microfone enquanto o som que saia paralelo à sua voz tornava-a inaudível. As formas de demonstrações explícitas de preferência sexual foram exdrúxulas. Haviam crianças (e os protagonistas sabiam disso) como público do evento e aquelas cenas teriam uma adequação dentro de um contexto e não da forma gratuíta como foram.
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"Se não quiser ver que não olhe". Não é bem assim, as pessoas estavam lá para ver uma manifestação por um direito. Essas mesmas pessoas estavam lá para serem convencidas dos direitos dos manifestantes (consciente ou inconscientemente). Então, isso é lutar por um direito? Se os homosexuais lutam para ter seus valores garantidos devem respeitar os valores dos outros também. Não irão encontrar simpatizantes agindo de forma impositiva.
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Defendo que no próximo ano repensem a postura e a organização. É claro que sempre hão de existir os exageros, mas não como diretriz do movimento como pareceu ser nesta. Pensem numa aparelhagem de som mais adequada. É uma luta muito difícil, mas tem que ser contínua e persistente.
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Só não vi o N. BARROS por lá. Por quê?
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Um comentário:

Anônimo disse...

JAIR VOCÊ FEZ UMA PERGUNTA INTERESSANTE: POR QUE O N. BARROS NÃO ESTAVA LÁ? CONVERSANDO COM ELE HOJE PELA MANHÃ ELE ME DISSE QUE ESTAVA GRIPADO.