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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

PLC 122 - III.

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Ontem eu estava assistindo TV e mudando de canais desesperadamente em busca de algo interessante quando parei para ver o R. R. SOARES da Igreja da Graça. Lá pelas tantas em seu "sermão" ele incita os seus fiéis a procurar os gay, drogados, alcoólatras, depressivos e mostrar-lhes a palavra de Deus. "Eles precisam conhecer a palavra de Deus". "Vocês têm que procurá-los e exercer o ministério".
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O que significa isto? O que é subliminar nestas palavras? Gay, portanto, é alguém que não conhece, não acredita na palavra de Deus. É um agnóstico, ou de modo mais radical, um ateu. Por esse raciocínio tortuoso embasado numa lógica burra (porque fundamentada em premissas falsas) pode-se dizer que quem não conhece ou acredita na palavra de Deus é gay, drogado, alcoólatra, depressivo. Sou agnóstico e me sinto ofendido pela tirania da fé.
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Desse modo quem é agnóstico ou ateu pode ser identificado como gay, drogado, alcoólatra. Sou heterosexual, mas não me sinto ofendido pelo fato de ser considerado gay, a ofensa decorre do fato de não se aceitar que posso sentir, pensar e agir diferente sem ter que dá satisfação a um sr. que jura ser capaz de curar a SIDA (AIDS), câncer, pobreza... Não tenho que ser avaliado pelo fato de conhecer, acreditar ou não na palavra de Deus. As minhas competências e habilidades é que devem ser critérios para a avaliação que se fizer de mim. O meu comportamento social é que deve ser o critério da avaliação moral.
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O motivo real que está levando os religiosos ao desespero quanto a iminente promulgação da lei é porque esse raciocínio seria tipificado como crime e que dá cadeia. Então, não poderão mais fazer injúria, calúnia e difamação contra a postura sexual dos gays. Não poderão mais "curá-los", o que é uma atitude de absoluta falta de racionalidade, porque não existe ex-gay. Nasce-se gay, ou pelo menos com tendência homosexual.
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Perdem o "direito" de usar um argumento enganoso com o objetivo de atrair incautos e repressores de sua sexualidade e mostrar as ditas conversões como supostos "milagres". Não podendo mais chutar santas, injuriar, caluniar e difamar os gay, fecham-se, assim, mais portas para a realização dos ditos "milagres".
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Não podendo demonstrar que sua igreja é mais milagrosa convertendo gays, fica limitado o campo de ação dos milagreiros. Menos um filão a ser explorado. E o pior de tudo, vão ter que riscar do vocabulário as agressões gratuítas aos gays. Em verdade, deveriam mesmo era procurar o que fazer em termos produtivos, seja produção intelectual ou material.
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