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domingo, 10 de agosto de 2008

POEMA.

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VIGÍLIA II !


A dor nesses olhos é fria.
A cor desse corpo no ar.
A magia no pulso da poeira.

Quero virar uma iluminação mortal
Entre risos, seios, bocas e galáxias,
Diante dessa coisa opaca: o meu nome
Flutuante na concepção do imoral.
E caiadas nas paredes desse quarto
Vozes entre camisas e paletós
Na saudade dos que morreram e não voltam mais.

Ríamos muito
Não sei se da América do Sul
Ou se desse mundo que arde feito fogo
Ou se das traças e chagas do nordeste.

Explícito, indígena, colorido ou mudo,
Ou assim
Tradução da natureza do poema-mudo
Vive esse surgir de poetas pan-americanos
Sem plantas sobre o muro da razão total
Sem oficinas de poesias de liras sinceras.

E num gesto, num coito,
No adultério de idéias feitas
Vivem os olhos tristes do nordeste
Onde a esperança da vida esfalece.

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Esse poema é continuação do anterior.
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